quinta-feira, 26 de novembro de 2009

População e agentes na erradicação da dengue e da doença de Chagas

O trabalho dos ACEs, no sertão, tem como objetivo a erradicação da dengue e doença de chagas, mas a sociedade nem sempre está aberta para eles


Vistos por uns como importante e por outros como pouco eficaz, o trabalho dos ACEs (Agentes Comunitários de Endemias) já é realizado há quase 15 anos na cidade de Brejinho. Os agentes são os responsáveis, na cidade, pelo controle de doenças como dengue e chagas.


Em Brejinho atuam cinco ACEs, Felizardo Neto, Ascileide Carvalho, Josivam Alves, Lucimário Leite e Leandro Ramos. Todos são funcionários da prefeitura, mas estão sob a supervisão dos funcionários da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) Severino Romildo e Raimundo Mota. Todos relatam situações que envolvem hora simpatia, hora antipatia, por parte da população, com relação serviço prestado por eles. Não são todos que aceitam a aplicação do temefós (produto utilizado pelos agentes para matar larvas do Aedes aegypti), principalmente em águas potáveis. Assim como também não são todos que tomam a atitide de capturar barbeiro (insetos transmissores da doença de Chagas) para levá-los à Vigilância Epidemiológica.


No entanto, a conscientização está crescendo, devido principalmente às campanhas da prefeitura e às informações veiculadas no rádio, na TV e na internet. Muitas pessoas têm procurado manter seus depósitos de água fechados assim como muitos estão aprendendo a capturar barbeiros em prol de terem suas casas pulverizadas.


Os agentes aconselham que os depósitos que não têm tampa própria sejam tapados com pano, lona ou plástico, presos aos depósitos por ligas ou cordões. Quanto à captura de triatomíneos (barbeiros), esta pode ser feita com o auxílio de um pote plástico (margarina, maionese, etc.). Destampado, sua "boca" deve cercar inseto na superfície onde ele se encontra. Quando ele for para dentro do pote este deve ser fechado. Com o auxílio de uma agulha, deve-se fazer furos na tampa do recipiente. Estes furos permitirão a entrada de ar, o que irá manter o inseto vivo para ser analisado em laboratório.


Por Felizardo Neto


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