terça-feira, 10 de novembro de 2009

O lixo nosso de cada dia

O aumento do consumo de materiais, principalmente orgânicos, têm contribuído para o aumento da quantidade de lixo nas cidades. Em Brejinho (cidade pernambucana a 420 km do Recife) o fenômeno também acontece. Por sorte, o lixo, que inclui materiais orgânicos e inorgânicos, está sendo recolhido com frequência, pelos garis, nas ruas da cidade. Mas, e quanto aos cidadãos brejinhenses, será que eles estão fazendo a sua parte?

Numa entrevista feita com seis donas de casa do lugar, quatro afirmaram sempre jogar o lixo no lixo e duas responderam não fazer a mesma coisa sempre, seja em casa, ou seja, na rua. Uma das entrevistadas, que afirmou nem sempre jogar o lixo no lixo, já teve diarréia e acha que a doença foi causada pela mosca varejeira (também conhecida como mosca azul), bastante presente em lixos orgânicos.


A diarréia, na verdade, é apenas uma das várias doenças que o lixo pode trazer. Dentre os males relacionados ao lixo orgânico estão a disenteria (causada pela mosca), a cólera e a giardíase (causadas pela barata), a leptospirose (que assim como a diarréia, é causada pelo rato). Já dentre os males ligados ao lixo inorgânico estão a malária e a dengue (causadas por mosquitos). Estes mosquitos se proliferam, principalmente, em materiais plásticos, como sacolas de compras.


Basta dar uma voltinha pela cidade, principalmente nos terrenos baldios e áreas campestres circunvizinhas à zona urbana, para perceber a grande quantidade de sacolas plásticas ali presentes. Este produto vem sendo utilizado pelo comércio como uma opção prática para o consumidor levar suas compras para casa. Devido à sua leveza, estas sacolas muitas vezes "escapam" do depósito onde foram colocadas e se dispersam pela cidade até encontrarem algo que às "segure", como os arbustos dos terrenos baldios e das áreas campestres.


Para a professora de séries iniciais Maria Aparecida dos Santos, é uma pena não haver coleta seletiva na cidade. Ela trabalha o tema em sala de aula, mas acha que o objetivo "conscientização" não é atingido, já que os alunos não vivem a realidade da coleta seletiva. Já a comerciante Doralice Araújo elogia o trabalho dos garis, mas acha que na sua rua, a José Marques de Lima, deveria haver mais latas de lixo.


Por Felizardo Neto, aluno do segundo período do curso de Comunicação Social das FIP/Patos-PB.

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